
A Era de Ouro do Skate Brasileiro
Em junho e julho de 1988, o skate brasileiro viveu um momento histórico. A revista YEAH! Skate, sob a direção de Paulo de Oliveira Brito, chegou às bancas trazendo atitude, informação e cultura. E se o skate ainda buscava reconhecimento como esporte e expressão artística, então essa publicação veio para mudar tudo. Porque mais do que registrar manobras, a YEAH! representava o sentimento de liberdade, resistência e união de uma geração inteira sobre quatro rodas.
A Revista que Informava, Inspirava e Unia
A edição nº 9 foi um marco. Ela não apenas mostrava o cenário nacional, mas também conectava o Brasil com o mundo. Por exemplo, trouxe o regulamento completo da C.A.S.L. – California Amateur Skateboard League, uma referência internacional que ajudava skatistas brasileiros a compreenderem o sistema de competições nos Estados Unidos.
E se o propósito da YEAH! era ensinar e inspirar, então ela cumpria seu papel com excelência. Porque além de informar, ela formava opinião e fortalecia o orgulho do skatista brasileiro, mostrando que o skate era cultura, música, arte e comportamento.
O Grande Prêmio Brasil de Skate e o Nascimento de uma Geração
Entre as matérias mais marcantes da edição, estava o I Grande Prêmio Brasil de Skate, um evento que consolidou o esporte no país. A competição revelou talentos, atraiu olhares da mídia e mostrou que o skate brasileiro tinha potencial para crescer.
E se esse campeonato foi um divisor de águas, então a YEAH! foi o espelho que refletiu toda essa energia. Porque, ao registrar o evento, a revista eternizou os primeiros passos de uma geração que viveria o auge do skate nos anos seguintes.
Música, Arte e Atitude nas Páginas

A YEAH! não era apenas sobre skate. Ela falava de música, arte e atitude. Nessa edição, o leitor encontrava matérias com a banda Sepultura, que despontava na cena nacional, e também com artistas como Toy Dolls, Tony Hawk e Lance Mountain, ídolos internacionais do skate.
E se alguém ainda duvidava da conexão entre skate e cultura, então bastava abrir as páginas coloridas e cheias de expressão para perceber: o skate era, sim, uma forma de arte e rebeldia.
Yeah! TV – O Futuro nas Telas
O espírito inovador de Paulo Brito também levou a marca YEAH! para a televisão. O projeto YEAH! TV prometia levar o universo do skate das páginas para as telas, criando um elo direto entre skatistas e o público. E porque falava a língua da rua, o programa se tornou referência entre os jovens da época.
Se a revista já tinha atitude, então a TV ampliava o grito da cultura do skate para todo o Brasil, mostrando que essa geração não estava disposta a ficar em silêncio.
A Luta Contra a Massificação Sem Identidade
Desde o início, a YEAH! lutou contra a massificação sem qualidade. Ela defendia que o skate devia ser feito por skatistas e para skatistas, mantendo autenticidade e respeito às raízes.
E se muitos tentavam transformar o esporte em produto, então a YEAH! resistia, porque acreditava que o verdadeiro valor do skate estava na liberdade, na amizade e na criatividade.
Um Legado Que Resiste ao Tempo

Mais de três décadas depois, a YEAH! Skate ainda é lembrada com respeito e admiração. Porque ela foi mais do que uma revista: foi o grito de uma geração que acreditava em si mesma.
Se o skate brasileiro tem hoje reconhecimento mundial, então parte desse mérito pertence à YEAH! e à visão de Paulo Brito. Porque eles mostraram, com coragem e paixão, que o skate não é apenas um esporte — é um modo de vida.