
A revista THRASHER, em sua edição de Maio de 1990, com o custo de US$ 2.50, apresentava uma capa que celebrava a atitude street. O skatista na capa executa um grind sobre um corrimão, capturando a essência da prática urbana. A revista anunciava a entrevista com Bod Boyle, e as manchetes “Asphalt etc.” e “Cold Snap” já sugeriam um conteúdo que abordava a vida nas ruas e as dificuldades climáticas.
Editorial: A Guerra nos Skateparks e a Essência da Rua
O editorial, intitulado “SKATEPARK WARS,” assinado pelo editor Kevin J. Thatcher, discutia a situação dos skateparks. Ele comenta que houve histeria sobre os skateparks nos últimos dois anos, e que muitas cidades abriram e fecharam instalações. No entanto, o skate começou nas ruas, e o jovem skatista era uma “criança tática” que usava a imaginação em qualquer lugar que encontrasse.
Contudo, a proliferação de skateparks trouxe problemas. Mais de 200 skateparks foram abertos e muitos foram fechados em um período de dois anos, por exemplo. Isso ocorreu porque os parques tinham regras demais, eram mal geridos, ou eram perigosos. A maioria dos acidentes graves, com efeito, ocorria em Half-pipes ou rampas perigosas. Por isso, o editorial defende que, consequentemente, o skate voltou “underground”.
Thatcher conclui que o skate deve ser ensinado no chão, no street. Se os parques falharam, então a solução é que “os skaters no comando, ensinem e deixem o skate falar”. O editorial encerra dizendo para andar de skate com força, e ignorar qualquer tipo de “baboseira burocrática”.
Conteúdo: Do Frio de NY aos Bárbaros da Califórnia
A seção “FEATURES” da revista cobria diversos aspectos do skate e da cultura. “COLD SNAP” na página 36, por exemplo, relatava a prática em temperaturas congelantes em Nova York. O “Terror do Urso Polar” na cidade mostrava a dureza do inverno. A ENTREVISTA principal, “HUGH IS BOD BOYLE?” (página 41), tratava da consistência de Hugh Bod Boyle, que permanecia no top 4 dos eventos amadores.
A revista também analisava a pressão do mercado e o futuro. “PAY YOUR DUES” (página 48) questionava se o skate estava buscando o cenário profissional, porque os skateparks públicos e privados estavam cobrindo o país. “ASPHALT ET CETERA” (página 62) focava nos street pushers e em como eles tiram o máximo de muros e calçadas.
Além disso, havia a matéria “SANTA BARBARIANS” (página 56). Esta missão secreta, com efeito, estava ligada a um gigante corporativo, e era conhecida por seus underground ranks. Na seção DEPARTMENTS, a revista mantinha contato com a comunidade. Tinha MAIL DROP para cartas, SKATING MATERIAL com o diário de Rick Iost, e RUMORS WITH A VIEW. Portanto, a THRASHER se consolidava como uma revista que abraçava o skate em todas as suas formas.
