SKATIN’ – Ano II, Número 8 – Outubro/Novembro de 1989

A Força do Skate Brasileiro em 1989

Quando a edição Ano II, Número 8, Outubro/Novembro de 1989 da revista Skatin’ chegou às bancas, ela trouxe não apenas uma capa impactante, mas também um momento histórico: Lincoln Ueda, representando o Brasil, conquistando o quarto lugar no Campeonato Mundial da Alemanha. E, se o feito já impressiona, então a repercussão dentro e fora do país mostra porque esse evento marcou definitivamente o cenário skate tupiniquim.

A capa — estampada com Ueda executando um lean air impressionante — reflete exatamente a energia daquele momento. E, se observamos o editorial, percebemos que a conquista foi muito além de um simples resultado esportivo: ela simbolizou um novo nível de maturidade do skate brasileiro.

O Significado do Mundial da Alemanha

O editorial destaca que, assim que a comunidade skatista nacional soube do desempenho brasileiro no Campeonato Mundial da Alemanha, a euforia tomou conta. E não era para menos, porque participar de uma competição internacional de alto nível permitiu ao Brasil chamar a atenção de organizadores, atletas e da imprensa mundial.

Mas, mesmo com a comemoração, o texto faz uma análise lúcida: a classificação de Ueda na vertical foi brilhante, então é natural que ela receba os holofotes; porém, isso não diminui o mérito dos demais atletas brasileiros que também marcaram presença no evento. E, se considerarmos que a equipe nacional ainda não contava com incentivos governamentais sólidos, então a conquista se torna ainda mais admirável.

O editorial também reforça que, para o skate brasileiro alcançar resultados duradouros, será necessário desenvolvimento interno, investimentos e, principalmente, continuidade. Porque, sem isso, o país corre o risco de não atingir o patamar que merece dentro do cenário global.

Os Destaques da Edição

O índice desta edição confirma que o foco principal é o campeonato, mas também revela conteúdos variados e inteligentes. Em Front, por exemplo, temos:

  • O Passageiro da Harmonia – Uma linha direta com Lúcio Flávio, mostrando que o skate é feito de pessoas e histórias.
  • Focus – Imagens valem mais que palavras – Um mergulho visual no skate, porque muitas vezes a fotografia capta aquilo que o texto não alcança.
  • Münster Monster Mastership – A matéria especial sobre o Mundial da Alemanha, detalhando tudo o que aconteceu por lá.
  • UBS III e IV – Mostrando que o circuito nacional continua ativo e não pode parar.

E, no Back, então surgem cartas, notícias, múltipla ação, parks, sepultura, quadrinhos e muito mais, revelando que a revista buscava entregar conteúdo amplo, equilibrando técnica, opinião e diversão.

Skatin’: Registro de Uma Era

O editorial finaliza afirmando que a revista tinha a missão de registrar, de maneira profissional, o progresso do skate no Brasil. E, se analisamos essa edição, percebemos que ela cumpre exatamente esse papel: documenta conquistas, questiona estruturas, valoriza atletas e amplia horizontes.

Assim, Skatin’ Ano II, Número 8 não é apenas uma publicação; é um retrato fiel do momento em que o Brasil começou a ocupar seu espaço, então ainda pequeno, mas crescente, no skate mundial. E porque a história é construída passo a passo — ou manobra a manobra —, essa edição se torna uma peça fundamental na memória do esporte.

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