A revista SKATIN’, em seu Ano I, Número 5, circulando entre Abril e Maio de 1989, com o preço de NCz$ 1,70, demonstrava a força e a abrangência do skate nacional e internacional. A capa, vibrante e dinâmica, exibe o skatista Rogério Antigo em um salto espetacular. Ele é um dos freestylers mais antigos e importantes do país, e a foto mostra o skatista em um momento de suspensão contra um céu azul intenso. As manchetes prometiam a cobertura do Circuito Mad Rats, uma matéria sobre Hosoi no Brasil, e novidades da Austrália, garantindo um conteúdo diversificado para o leitor.
Editorial: A Essência da Evolução e o Skate como Movimento
O editorial desta edição revela a maturidade da revista, que se via como um veículo que retratava um determinado tempo e espaço nos quais o skate é vivido. O texto afirma que esta edição não é apenas mais uma revista. Mas é o fruto de um trabalho que acompanha o próprio skate. O skate, assim, não possui regras que o definam, porque ele é um esporte em constante evolução.
Ao longo de sua história, tudo se modifica. Isso inclui as rodinhas, os acessórios, os skatistas, as manobras, as pistas, as modalidades, as tendências, e os estilos. O futuro, por sua vez, reservava surpresas mais incríveis do que o McTwist. Com certeza, outras edições seriam chocantes. O objetivo principal da revista não era buscar explicações finais ou conclusivas, mas sim apresentar o skate de forma mais concisa e abrangente, registrando o lifestyle.
A essência do skate, portanto, era o movimento. É um processo de transformação que envolve a combinação de diversos elementos. Ultrapassar os limites não era visto como algo pejorativo. Se é o resultado de um desenvolvimento progressivo de ações, então é a própria vida. Porque a evolução é a vida, então o skate representa essa força motriz da mudança. A equipe encerra o texto dizendo: “Entre nessa”.
Conteúdo: Lendas Nacionais, Circuitos e a Virada Internacional
O índice da SKATIN’ nº 5 é robusto e cheio de features importantes. A matéria de capa, “LINHA DIRETA – ROGÉRIO ANTIGO” (página 16), trazia um bate-papo descontraído com um dos freestylers mais importantes do país. Por exigir muita técnica e precisão, o freestyle era considerado a modalidade-arte do skate. A foto de Antigo, do fotógrafo Cândido Neto, mostrava um double kick flip que não lhe fazia falta.
O skate internacional marcava forte presença. A matéria “A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CHRISTIAN” (página 26) tratava de uma escala topíssima do megastar Christian Hosoi no Brasil. Além disso, a cobertura do TORQUAY RAMP RIOT (página 44) trazia o mais importante campeonato profissional da Austrália.
No cenário nacional, o “CIRCUITO MAD RATS 88” (página 34) apresentava um circuito que a revista considerava “realmente nacional”. A revista prometia, com certeza, muita informação, toques e novidades do mundo do skate.
As seções fixas garantiam a interatividade. Incluíam 12 CARTAS e 52 NEWS. Havia também 54 S.A. e 58 QUADRINHOS. O 51 MÚLTIPLA AÇÃO (página 51) trazia a matéria que se virou. Assim, a edição oferecia uma visão completa, ligando o talento nacional do freestyle com a cena internacional de Hosoi e as competições na Austrália.
