
A revista SKATIN’, em seu Ano Dois, Número 7, circulando entre Agosto e Setembro de 1989, por Cz$ 7,00, marca um período de maturidade. A capa é icônica. Um skatista voa em uma transição, com os traços futuristas do Congresso Nacional ao fundo. O título é audacioso: BRASÍLIA – SESSIONS EM ÁREA DE SEGURANÇA. Além disso, a capa destaca o início do circuito da UBS e a resistência do Downhill. O skatista em destaque na manobra é Fernandinho, cuja identidade secreta é “BAT-SKATISTA”. A revista demonstra que o skate, embora jovem, ocupava todos os espaços, até mesmo o centro do poder.
Editorial: Um Ano de Luta e Reconhecimento
O editorial celebra o primeiro aniversário da Revista Skatin’. A publicação já se consolidava. Ela era “a maior publicação especializada do país”. Mas, o veículo é mais que só skate. Ele tem consciência de sua importância como veículo de comunicação. O potencial do skate no Brasil era grande, e a revista sabia disso. Contudo, o trabalho era “árduo, trabalho de base”.
Porque a meta da revista era clara: o reconhecimento do skate como esporte. Então, em 1989, havia motivos para comemorar o aniversário. A revista, porém, nunca esqueceu do leitor. O leitor é o responsável direto pelo sucesso. A SKATIN’ era um veículo autêntico de informação, onde a participação dos leitores crescia muito. A reportagem de capa, em Brasília, era prova disso. Ela mostrava “o presente e as perspectivas futuras do esporte no centro do Brasil”. Assim, o editorial reforça “a importância desse nosso trabalho”. A revista encerra com uma promessa: lutar pelo desenvolvimento igual de todas as modalidades e em todas as regiões. A mensagem final é direta: o futuro do esporte estava nas mãos do leitor.
Conteúdo: De Guerrilheiros a Circuitos Oficiais
O índice da SKATIN’ nº 7, dividido em FRONTSIDE e BACKSIDE, reflete a energia da época. A seção LINHA DIRETA (página 18) era dedicada a FERNANDINHO BATMAN. O título “SKATE COM MUITO SANGUE” sublinha a dedicação. Mas, a revista não olhava só para o novo. A seção HERÓIS DA RESISTÊNCIA (página 26) homenageava os “guerrilheiros da primeira modalidade”, o Downhill.
Ademais, a revista abordava a política. A seção ATAQUE AO PODER! (página 34) trazia “Tudo sobre o skate no Distrito Federal”. Essa matéria ligava a cultura de rua ao poder oficial. E a reportagem principal era sobre o CIRCUITO UBS 89 – 1ª E 2ª ETAPAS (página 48). Era a “cobertura completa do primeiro circuito brasileiro”.
Se o skate crescia, então a revista crescia junto. A seção BACKSIDE trazia o básico da comunicação. Incluía CARTAS, MÚLTIPLA AÇÃO e NEWS. Porque a música sempre foi ligada ao skate, havia MOHO MUSIC – RUN DMC (página 69). As seções S.A., PARKS, FINAL CUT e QUADRINHOS completavam a edição. Portanto, a SKATIN’ era um documento da evolução do skate no Brasil.