SKATIN’ – ANO 1 – NÚMERO 6 – JUN/JUL 89: A Força do Street e a União Brasileira

A revista SKATIN’, em seu Ano 1, Número 6, circulando entre Junho e Julho de 1989, por Cz$ 5,90, celebrava a consolidação do skate nacional. A capa é um cartão postal da atitude street. Mostra um skatista no ar, capturado em um momento de pura gravidade zero. O nome do atleta na capa não é citado, mas a imagem urbana domina. Os grandes destaques da edição são claros: JUNAE, DESTINO: SUL, COPA ITAÚ DE SKATE e ESTRITAMENTE STREET. A revista confirmava, portanto, seu foco no cenário competitivo e na cultura das ruas.

Editorial: O Consolidação da UBS e a Nova Contratação

O editorial da SKATIN’ aborda a questão da organização do skate no Brasil. Ele começa reconhecendo um “início vacilante em 88”. A criação da UBS (União Brasileira de Skate) era essencial. Agora, parece que a União “acertou o passo”. Isso é importante, porque o skate precisava de uma entidade séria. Essa entidade seria capaz de “canalizar toda a energia do esporte”. Várias tentativas fracassaram, mas a versão UBS 89 mostrou a estrutura necessária.

Consequentemente, as melhores cabeças do skate brasileiro estavam na União. O apoio e respaldo a essas iniciativas eram vitais. O Circuito Pro/Am 89 foi um sucesso. Se o circuito começou com força, então ele definiria “os legítimos campeões”. O editorial reafirma o apoio à UBS 89. O objetivo é fazer com que “o skate continue forte, pulsando nas ruas deste país”. Além disso, a revista anuncia uma grande novidade: a contratação de Daniel Bourqui. Ele é um dos fotógrafos mais completos do skate. O editorial o saúda: “Welcome, Daniel!”. Outra boa notícia é que a revista bateu os recordes da edição nº 5. A SKATIN’ se consolidava, assim, como a maior revista do gênero no Brasil.

Conteúdo: Do Sul ao Som das Ruas

O índice da SKATIN’ nº 6 reflete a abrangência do esporte. A seção LINHA DIRETA (página 16) apresenta JUNAE LUDVIG. Ele é um dos “mais importantes atletas de Santa Catarina”. A matéria DESTINO: SUL (página 24) cobriu uma expedição a Novo Hamburgo e São Leopoldo. Porque a revista buscava o intercâmbio regional.

A cultura das ruas era central. A seção ESTRITAMENTE STREET (página 30) era um convite: “Saia de casa. O mundo é um grande skatepark.” Já a RIP IT OVER – COPA ITAÚ DE SKATE (página 42) era essencial. Ela acompanhou “cada manobra do maior campeonato deste ano”. E a seção RAP MUSIC (página 56) ligava o skate à música. Ela incentivava o leitor a “Aumente o volume e dance ao som das ruas”.

O índice ainda trazia seções fixas: CARTAS, NEWS, S.A., MÚLTIPLA AÇÃO, QUADRINHOS, PARKS e FINAL CUT. A própria imagem no índice destaca o street skating. É uma modalidade que “ganhou o maior número de adeptos e evoluiu”. Se essa modalidade é a mais criativa, então é porque ela reflete o go for it dos praticantes. O texto cita Beto or Die! e Pete Rossell (SP) como exemplos de segurança e técnica. Portanto, a SKATIN’ era a voz de uma cultura completa.

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