Overall Skate Magazine – Número 10 – Junho/Julho de 1988

O Início de Uma Edição Marcante

A edição Overall Skate Magazine – Número 10 – Jun/Jul 1988 surge em um momento decisivo para o skate brasileiro. E, se por um lado o esporte crescia rapidamente, então, por outro, ele também enfrentava sombras. A capa já antecipa a discussão central: “O lado negro do skate”, expressão que não é exagero, mas sim uma análise direta sobre como o skate, ao mesmo tempo em que evolui, também sofre com problemas estruturais, políticos e comerciais no país.

Além disso, a revista destaca matérias sobre construção de rampas, finais do circuito americano e um panorama completo dos eventos entre abril e junho, mostrando que esta edição vai muito além da polêmica principal.

O Lado Negro: Quando o Crescimento Cobra o Seu Preço

Segundo o editorial, o skate brasileiro enfrenta os mesmos desafios que assolam o país: crises financeiras, pirataria e exploração comercial. E, se muitos fabricantes usam o skate apenas como meio de lucro fácil, então isso afeta diretamente a qualidade dos materiais e o desenvolvimento do esporte.

A revista aponta que alguns eventos passaram a existir apenas pela busca de faturamento, deixando a evolução técnica e cultural em segundo plano. Mas, apesar disso, os verdadeiros interessados no crescimento do skate continuam trabalhando. Eles defendem continuidade, não oportunismo — porque, como diz o editorial, “o velho grito ‘skate or die’ jamais é esquecido.”

Durante a produção desta edição, surge ainda uma notícia chocante: a proibição do skate nas ruas de São Paulo, decretada pelo prefeito Jânio Quadros. E, se essa medida parecia apenas mais uma decisão isolada, então rapidamente se percebeu que ela teria consequências profundas. Afinal, afetava intercâmbios internacionais, rádios, empresas de promoção e toda uma cadeia que começava a se formar em torno do skate.

A Necessidade de Organização e a Projeção Nacional

Mesmo com problemas, o editorial reforça que o skate está mais forte do que nunca. Portanto, o momento exige organização e união dos skatistas. E, se o caminho é difícil, então é justamente essa dificuldade que molda o esporte como uma modalidade séria.

A revista aposta na formação de associações e federações, porque só assim o skate poderá se firmar de maneira definitiva no país. Essa visão se conecta com a cobertura do NSA, o órgão máximo do skate norte-americano, que aparece na reportagem exclusiva de Aníbal Neto direto dos Estados Unidos, acompanhando a última etapa do circuito americano.

Destaques do Índice

O índice da revista complementa a profundidade da edição. Entre os destaques:

  • SNI (p.14) – Facão e Daniel Kim
  • Lance (p.18) – O amigo americano
  • Campeonatos (p.28) – De abril a junho
  • Overdose (p.36) – O skate como arma de ataque
  • NSA (p.46) – Imagem e imaginação
  • Expressões (p.52) – As caretas da ação
  • Rampas (p.58) – O half-pipe perfeito?!
  • Câmera Lenta (p.62) – Channel invert, fackie e ollie trick
  • Cartas (p.65) – A voz do leitor
  • Gralha (p.68) – Toda aquela coisa
  • OverallDo (p.74) – A chegada na Terra

Com isso, fica claro que a edição não apenas denuncia problemas, mas também celebra criatividade, técnica e memória esportiva.

Uma Revisa Corajosa e Fundamental

Portanto, a Overall Skate Magazine – Número 10 – Jun/Jul 1988 se estabelece como um documento essencial. Ela expõe, questiona, analisa e, acima de tudo, defende o skate como esporte, cultura e expressão. E, se o “lado negro” aponta riscos, então também ilumina um futuro possível — um futuro onde o skate é respeitado, organizado e reconhecido.

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