
A OVERALL SKATE MAGAZINE, em sua edição número 7, de 1987, com o preço de Cz$ 80,00, é um portal para a cena global do skate. A capa é um espetáculo visual. Um skatista de cabelos tingidos aparece de cabeça para baixo. Ele veste proteções e um colete. A foto, vibrante em tons de vermelho e preto, transmite a energia do esporte. O título principal “OVERDOSE” já sugere um conteúdo intenso. Além disso, a revista promete “SKATE IN U.S.A.”, “EUROPA: SUMMER CAMP” e “SECRET SPOTS!”. Portanto, o foco era expandir os horizontes do leitor brasileiro.
O Skate como Estilo de Vida e Educação
O editorial, assinado por Petrónio Vilela, posiciona o skate como algo mais profundo. Ele lembra que, no Brasil, a cultura do skate começou nos anos 60 e 70. Era algo feito por “um tipo de patinete”. Então, nos anos 80, o skate cresceu rapidamente. Muitas empresas e lojas surgiram. Mas, Vilela ressalta que “é preciso mais que skate”. O skate “desenvolve o espírito, porque através do movimento e força, o praticante adquire um esqueleto físico”.
Com efeito, o esporte requer equilíbrio mental e trabalho em equipe. Ele reforça que a construção do skate no Brasil deve ser feita com “propriedades, e com conceitos mais verdadeiros”. Se o país possui a tecnologia, então os projetos brasileiros não podem mais depender apenas de materiais norte-americanos. Vilela clama por “mais ética, mais profissionalismo”. Ele define a revista como um “circuito brasileiro de Skate”. Porque a OVERALL se dedicava a “24 páginas de originalidade, firmando-o em 5.000 exemplares”. Assim, a revista servia como um pilar de integridade e informação.
Conteúdo: Cobertura Total e Segredos
O índice da OVERALL nº 7 revela a amplitude da cobertura prometida na capa. A revista trazia o essencial do esporte: SOM na página 10, The Cult na página 14 e N.S.A./Street e Freestyle na página 20. Além disso, a revista cobria eventos. A seção 4/CAMPEONATOS mostrava que os eventos se multiplicavam. O conteúdo era dinâmico: OVERDOSE (página 36) mostrava “Fotos e momentos especiais em nova dimensão”.
Se o skate estava em expansão, então a revista o acompanhava. Tinha SUMMER CAMP (página 46) com novidades na Europa. A seção “SECRET SPOTS” (página 58) sugeria que o leitor “pode estar perto e nem saber”. Portanto, havia um toque de mistério. Outras seções vitais eram CÂMERA LENTA (página 56), Rock ‘n’ Roll (página 50) e Impossible (página 68). A seção GRALHA/Informações e Fofocas fechava a revista. Dessa forma, a OVERALL não era só competição; era cultura, música, viagens e a voz da comunidade skatista.