O nascimento de uma voz para o skate
Se há uma palavra que cresceu no Brasil dos anos 80, então essa palavra foi skate. A cada dia, mais jovens surgiam nas ruas com seus carrinhos. Eles transformavam praças, calçadas e avenidas em palcos de manobras. A Overall Skate Magazine nasceu nesse cenário em 1986. Era a resposta para uma geração que queria ser ouvida.
A importância de um editorial
O editorial deixava claro. Campeonatos apareciam em várias cidades. Alguns eram ruins, outros medianos, mas muitos tinham bom nível. Se antes o skate era visto só como brincadeira, então agora ganhava respeito. O texto de Paulo Lima lembrava que equipes brasileiras já competiam fora. No Mundial de Vancouver, no Canadá, o Brasil estava presente. Isso mostrava que o skate crescia rápido.
O problema da falta de apoio
Mas o crescimento esbarrava em dificuldades. Pistas eram mal feitas. Muitos empresários ignoravam o potencial do esporte. Porque, para eles, o skate ainda não era levado a sério. O editorial perguntava: será que essa visão atrasada iria durar muito tempo? Será que não era hora de apoiar de verdade quem já representava o país?
A força da revista
A Overall não era apenas mais uma publicação. Era um marco. Se revistas de skate já existiam em outros países, então aqui no Brasil essa iniciativa era essencial. A tiragem chegava a 18 mil exemplares. Isso era muito para a época. E provava que o skate tinha público, leitores e força.
Reconhecimento para cada skatista
No fim do editorial, a mensagem era simples. Nada disso teria valor sem os jovens que trocavam bicicletas por skates. Porque eram eles que mantinham o movimento vivo. A revista deixava claro: o motor do skate era a paixão dos praticantes.
O impacto cultural
Se olharmos hoje, então fica evidente o quanto a Overall ajudou. Ela registrava campeonatos. Inspirava skatistas. Mostrava que o skate era mais que esporte. Era cultura, atitude e expressão. Mas também era resistência.
