A Capa que Marcou uma Geração
A revista OVERALL surgiu em um tempo em que o skate brasileiro ainda buscava espaço. Era o Ano 1, Número 2, e a capa já mostrava atitude e ousadia.
Nela, Fernandinho Batman aparece realizando um invert, uma manobra difícil, feita com força e precisão. E, se o estilo fala mais alto que as palavras, então essa imagem dizia tudo sobre o espírito do skate nacional.
O cenário urbano, o céu azul e o movimento do corpo capturam o momento exato em que o skate deixou de ser apenas diversão e virou expressão. Porque, naquele tempo, cada foto era uma mensagem de resistência e paixão.
Um Editorial de Coragem e Criatividade
O editorial, assinado por Paulo Lima, explica o propósito da revista. E o texto mostra que a OVERALL não queria apenas existir — queria fazer história.
A equipe decidiu dobrar o número de páginas, apostar em cores e em novas matérias. Se o mercado estava retraído, então era hora de inovar. E foi exatamente isso que fizeram.
A publicação se tornou mais visual, mais viva e mais completa. Porque o skate sempre foi movimento, e a revista precisava acompanhar essa energia.
Enquanto outras mídias hesitavam, a OVERALL avançava. E, por isso, ela se tornou um marco entre skatistas, empresários e fãs da cultura urbana.
Street Skate: O Som da Rua
Entre os destaques da edição está a matéria “Street Skate”, escrita por Bolota. O texto fala sobre a expansão do skate de rua, que ganhava força nas praças e avenidas das cidades brasileiras.
Se antes o skate era visto como rebeldia, então agora era reconhecido como arte. E isso mudou tudo.
O artigo mostra como os skatistas aprenderam a transformar o espaço urbano em pista. Porque, onde havia calçada, meio-fio e obstáculo, havia também criatividade.
A matéria é um retrato do nascimento do street brasileiro, que unia atitude, som e liberdade.
De Jacareí à Alemanha: O Skate sem Fronteiras
A OVERALL também cruzou fronteiras. Em Jacareí, o repórter Daniel Bourqui apresentou um novo centro de skate que prometia revolucionar o cenário nacional. E, se o interior de São Paulo respirava skate, então o mundo começava a prestar atenção.
Enquanto isso, na Alemanha, Markus Rieger mostrava o crescimento europeu do esporte e a volta de Claus Grabke, uma das grandes referências da época.
Essas matérias provaram que o skate não tinha limites. Porque, independentemente do país, a essência era a mesma: equilíbrio, técnica e liberdade.
Uma Edição Histórica e Inspiradora
A OVERALL Ano 1 Nº 2 reuniu o melhor do skate, da música e do comportamento. E trouxe seções como Equipamentos, 4 Rodas em Movimento e Skate Nacional Informação, ampliando o conhecimento dos leitores.
Se o skate é cultura, então essa revista foi o espelho perfeito dessa geração.
Fernandinho Batman na capa simboliza a força, a ousadia e a persistência de quem acreditava que o skate poderia mudar vidas. Porque, mais do que manobras, o skate sempre representou atitude.
E, se hoje o esporte é reconhecido mundialmente, é porque revistas como a OVERALL mostraram o caminho.
O skate é movimento, é arte e é liberdade — e a OVERALL registrou tudo isso, com coragem e paixão.
